Cevada brasileira consolida safra histórica

A colheita da cevada no Brasil já começou e as projeções indicam uma safra recorde em 2025, impulsionada por clima favorável, genética aprimorada e avanços no manejo. Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), a produção deve alcançar 423 mil toneladas, um aumento de 43% sobre as 296 mil toneladas colhidas em 2024. A área cultivada também cresceu 20%, chegando a 96,9 mil hectares, com produtividade média de 4.600 kg por hectare, equivalente a 35% da produção nacional de malte.

De acordo com Alesandro Pagnoncelli, gerente comercial distrital da IHARA, o avanço da cultura representa uma conquista para o agronegócio. Ele ressalta que a cevada se tornou uma alternativa estratégica e rentável em sistemas diversificados, com alto potencial de retorno e sustentabilidade agronômica. No entanto, o controle do azevém (Lolium multiflorum) segue como um dos principais desafios, podendo causar perdas significativas de produtividade e comprometer a qualidade dos grãos.

“A cultura é hoje uma alternativa rentável e estratégica para o produtor, especialmente em sistemas diversificados, com alto potencial de retorno e sustentabilidade agronômica. Estima-se que a perda de produtividade pode chegar a 14 kg para cada planta de azevém encontrada por metro quadrado. A preocupação aumenta pela dificuldade de controle e pelo potencial da planta em hospedar doenças. Quando não manejada adequadamente, pode comprometer culturas subsequentes e a qualidade do ciclo seguinte da cevada”, reforça.

Estudos conduzidos pela IHARA em parceria com a Cooperativa Bom Jesus e pela Fundação FAPA mostraram que o herbicida pré-emergente YAMATO SC alcançou 100% de controle do azevém e ganhos de até 17 sacas por hectare, demonstrando a eficiência do manejo preventivo. A empresa também destaca o fungicida FUSÃO EC e o tratamento de sementes Certeza N como soluções complementares que reforçam o manejo integrado. Com o avanço genético e o uso de tecnologias modernas, a cevada brasileira consolida sua posição como uma cultura de alto valor para o agronegócio e a indústria cervejeira.